DestaquesPesquisa Genial/Quaest: Veja Onde Popularidade de Lula Despencou
A queda também foi acentuada entre aqueles que ganham até dois salários mínimos, um dos grupos econômicos mais afetados.

A aprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sofreu uma queda notável, especialmente entre a população nordestina e cidadãos com renda até dois salários mínimos. Segundo pesquisa recente da Genial/Quaest, divulgada em janeiro, mais brasileiros desaprovam do que aprovam a atual gestão, um cenário inédito que preocupa o Planalto.
O levantamento revela que 49% desaprovam o governo, contra 47% de aprovação, caracterizando um empate técnico dentro da margem de erro. A pesquisa indica uma deterioração significativa da popularidade do governo em sua principal base eleitoral, o Nordeste. Comparando dezembro e janeiro, os números passaram de 67% de aprovação contra 32% de desaprovação para 59% a 37%, respectivamente.
A queda também foi acentuada entre aqueles que ganham até dois salários mínimos, um dos grupos econômicos mais afetados. De 63% de aprovação contra 34% de desaprovação em dezembro, os índices alteraram-se para 56% a 39%. O estudo também destacou uma crise pontual referente à questão do Pix, que gerou insatisfação entre os apoiadores.
Ainda que Lula tenha conseguido melhorar sua aprovação para 81% entre seus eleitores do segundo turno de 2022, sua popularidade entre os eleitores de Jair Bolsonaro (PL) caiu de 18% para 10%, aumentando a rejeição nesse grupo de 80% para 88%.
Sob o olhar de gênero, as mulheres, que até julho do ano passado mostravam uma taxa positiva de aprovação de 57% contra 39%, agora mostram um empate técnico de 49% de aprovação contra 47% de desaprovação. Entre os homens, a desaprovação é maior, 52% contra 45% de aprovação.
A pesquisa foi realizada presencialmente com 4.500 pessoas, abrangendo todas as regiões do país, entre os dias 23 e 26 de janeiro.
Essa tendência de queda na popularidade do governo Lula faz soar alarmes em Brasília, enquanto o presidente tenta consolidar apoio e evitar novos desafios à sua liderança política.