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Conheça os hábitos que podem aumentar o risco de câncer de boca

O tabagismo e o consumo excessivo de álcool são os fatores de risco mais associados ao câncer de boca, influenciando significativamente o surgimento da doença. Além desses fatores clássicos, a infecção pelo papilomavírus humano (HPV) tem sido identificada como uma causa crescente, especialmente em jovens.

   O câncer de boca, uma doença que afeta principalmente lábios, gengivas e outras estruturas da cavidade oral, tem preocupado especialistas devido ao seu crescente número de casos. Estima-se que a cada ano, aproximadamente 15 mil brasileiros recebem o diagnóstico dessa condição. Prevalente em homens, a doença está intimamente ligada a hábitos de vida pouco saudáveis, refletindo padrões de comportamento que exigem atenção redobrada.

Desde 2010, os casos de câncer de boca aumentam a uma taxa média de 10% ao ano. Essa neoplasia tem como sintoma comum a presença de feridas persistentes ou de caroços na boca que não cicatrizam. No entanto, em muitos casos, a doença pode ser silenciosa, afetando áreas como o céu da boca e a região abaixo da língua, passando despercebida até atingir estágios mais avançados.

Como São os Principais Fatores de Risco?

O tabagismo e o consumo excessivo de álcool são os fatores de risco mais associados ao câncer de boca, influenciando significativamente o surgimento da doença. Além desses fatores clássicos, a infecção pelo papilomavírus humano (HPV) tem sido identificada como uma causa crescente, especialmente em jovens. Estudos indicam que até 73% dos cânceres em áreas como a base da língua e as amígdalas podem ser atribuídos ao HPV.

Quais Hábitos Podem Aumentar o Risco de Câncer de Boca?

Mulher fumando / Créditos: depositphotos.com / lucidwaters

Embora menos discutido, a nutrição desempenha um papel crucial na prevenção do câncer de boca. Dietas pobres em frutas podem aumentar o risco em até 48%, enquanto a deficiência de cálcio e vitamina C também contribui para o surgimento da doença. Além disso, práticas como sexo desprotegido podem favorecer a transmissão do HPV, intensificando os riscos. Portanto, adotar uma alimentação balanceada e práticas seguras é fundamental para a prevenção.

Principais fatores de risco:

  • Tabagismo: O consumo de cigarro, charuto, cachimbo ou qualquer outro produto à base de tabaco é o principal fator de risco. As substâncias presentes no fumo danificam as células da boca, aumentando as chances de desenvolvimento do câncer.
  • Consumo excessivo de álcool: O álcool potencializa os efeitos do tabaco e, por si só, aumenta o risco de câncer de boca. A combinação de ambos é especialmente perigosa.
  • Má higiene bucal: A falta de higiene bucal pode levar ao acúmulo de bactérias e outros microrganismos que podem contribuir para o desenvolvimento de lesões pré-cancerosas.
  • Alimentação inadequada: Uma dieta pobre em frutas, legumes e verduras, rica em alimentos processados e com baixo consumo de vitaminas e minerais, pode aumentar o risco.
  • Exposição excessiva ao sol: A radiação ultravioleta do sol pode causar câncer de lábio, principalmente em pessoas que trabalham ao ar livre.
  • Infecção pelo HPV: O papilomavírus humano está associado a diversos tipos de câncer, incluindo o câncer de boca.
  • Idade: O risco aumenta com a idade.
  • Sexo: Homens têm maior probabilidade de desenvolver câncer de boca.
  • Uso de próteses mal adaptadas: Próteses dentárias que não se ajustam corretamente podem causar irritações e feridas na boca, aumentando o risco de câncer.

Outros fatores de risco:

  • História familiar de câncer de boca: Pessoas com histórico familiar de câncer de boca têm maior risco.
  • Condições médicas: Algumas condições médicas, como a leucoplasia oral (manchas brancas na boca) e a eritroplasia (manchas vermelhas na boca), podem ser sinais de pré-câncer.

Quais São os Sintomas Mais Comuns?

A identificação precoce dos sintomas do câncer de boca pode aumentar significativamente as chances de tratamento bem-sucedido. Alguns sinais de alerta incluem:

  • Lesões que não cicatrizam: Feridas ou aftas que não melhoram após 15 dias podem ser um sinal de alerta.
  • Manchas: Aparição de manchas vermelhas ou brancas na língua, gengivas, céu da boca ou bochechas.
  • Caroços: Nódulos ou caroços que surgem na boca ou no pescoço.
  • Dor: Sensação de dor ou incômodo na boca, dificuldade para mastigar ou engolir.
  • Sangramento: Sangramento fácil ao escovar os dentes ou ao comer.
  • Rouquidão: Mudança na voz ou rouquidão persistente.
  • Dificuldade para mover a língua ou mandíbula.Inchaço na mandíbula.Dormência na região bucal.

A vigilância constante sobre qualquer alteração na cavidade oral é crucial, especialmente para indivíduos que estão em grupos de risco. Visitas regulares ao dentista podem detectar precocemente anomalias, permitindo intervenções rápidas.

Principais medidas preventivas:

  • Evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool: Essas são as principais causas do câncer de boca. Parar de fumar e reduzir o consumo de álcool é fundamental.
  • Manter uma boa higiene bucal: Escovar os dentes regularmente, usar fio dental e visitar o dentista periodicamente ajudam a prevenir infecções e identificar problemas bucais precocemente.
  • Alimentação saudável: Uma dieta rica em frutas, verduras e legumes fortalece o sistema imunológico e ajuda a prevenir diversas doenças, incluindo o câncer.
  • Proteção solar: A exposição excessiva aos raios ultravioleta pode aumentar o risco de câncer labial. Utilize protetor labial com FPS sempre que se expor ao sol.
  • Vacinação contra o HPV: O HPV está relacionado ao desenvolvimento de alguns tipos de câncer de boca. A vacina contra o HPV é recomendada para adolescentes e jovens adultos.
  • Evitar o uso de produtos de tabaco sem fumaça: Cigarros eletrônicos, cigarros de água e outros produtos à base de nicotina também aumentam o risco de câncer de boca.

Combatendo os fatores de risco principais, como o tabagismo e o álcool, pode-se reduzir significativamente os casos de câncer bucal. Além disso, campanhas de conscientização sobre o HPV e a importância da vacinação são medidas preventivas essenciais. Investir em educação alimentar e hábitos saudáveis é igualmente importante para reduzir a incidência da doença.

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