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Estadão: Lula tem dever moral contra Maduro ou será cúmplice

Jornal citou denúncias de que chavista sequestrou 120 adolescentes

     O jornal O Estado de S. Paulo foi taxativo ao dizer que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem o “dever moral de abandonar” sua “infame posição de espera pela divulgação das atas eleitorais” e sua insistência em sugerir uma nova eleição na Venezuela para finalmente condenar as ações do ditador Nicolás Maduro. O editorial publicado nesta quinta-feira (29) ocorre na esteira de denúncias de que o chavista estaria prendendo e torturando adolescentes por “atos terroristas”.

– A sanha persecutória de Maduro parece ter atingido um patamar de violência inaudito até para o conhecido padrão de crueldade do regime chavista. Segundo fontes ouvidas pelo jornal The Washington Post, Maduro teria lançado seus meganhas contra mais de uma centena de menores de idade acusados de praticar “atos terroristas”, como passaram a ser tratadas pelo regime de Caracas quaisquer manifestações de repúdio à subversão da vontade popular consagrada nas urnas – diz o periódico.

De acordo com o The Washington Post, as forças de segurança de Maduro e suas milícias sequestraram 120 adolescentes, tirando-os de suas famílias por homens armados de madrugada e levando-os para prisões. Os menores estariam entre as 1,6 mil pessoas que foram detidas após as manifestações contra a fraude eleitoral.

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– Além da prisão arbitrária desses adolescentes, que não têm sequer permissão para serem assistidos por advogados e tampouco podem manter contato com seus familiares, os mastins de Maduro ainda estariam praticando uma segunda violência contra seus próprios concidadãos. Há denúncias de que pais e mães, não raro pobres, têm sido extorquidos pelos policiais chavistas para que paguem, em dólar, claro, pela alimentação de seus filhos no cárcere ou por um brevíssimo contato físico com eles – afirma o Estadão.

Nesse sentido, o veículo de imprensa cobra o presidente brasileiro que se posicione em sua condição de “chefe de Estado e de governo da maior economia da América do Sul e segunda maior democracia das Américas”.

– Diante desses relatos de prisão e tortura de adolescentes, Lula tem o dever moral de abandonar a infame posição de espera pela divulgação das atas eleitorais na qual se colocou – além de insistir na realização de uma nova eleição, um prêmio para quem a violou – para condenar de forma inequívoca a fraude e a violência perpetradas por Maduro. Essa seria a atitude digna do presidente da República a essa altura, se não por zelo à própria biografia, ao menos por coerência, haja vista que o petista faz questão de se projetar como articulador de uma formidável frente global em defesa da democracia – observa o jornal.

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O Estadão recordou que o petista “não escolhe palavras quando se trata de condenar países alinhados aos Estados Unidos, como Israel e Ucrânia, mesmo quando exercem seu direito de se defender”.

Por fim, o periódico pondera que Lula provavelmente ansiava por normalizar a permanência de Maduro no Poder, entretanto, parece “paralizado diante da surpresa” de que quase 70% da população venezuelana votou em favor da oposição, conforme mostraram as atas eleitorais divulgadas pela equipe de Edmundo González Urrutia.

– O caminho é claro. Qualquer posição que não seja o reconhecimento de uma fraude para lá de comprovada é uma posição mais que ridícula: é cúmplice – finaliza.

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