Homem com suspeita de raiva humana após ser atacado por macaco sagui é internado em Teresina
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, o paciente está com encefalite (inflamação do cérebro), possivelmente ocasionada pelo vírus da raiva.
Um homem de 56 anos com suspeita de infecção pelo vírus da raiva foi internado no Instituto de Doenças Tropiciais Natan Portella, em Teresina, na segunda-feira (12), conforme divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) nesta quarta-feira (14).
Segundo o órgão, o paciente está com encefalite (inflamação do cérebro), possivelmente ocasionada pelo vírus da raiva. Ele estava na zona rural de Piripiri quando foi atacado por um macaco sagui, no dia 15 de julho, mas só procurou atendimento médico semanas depois.
De acordo com a Coordenação de Epidemiologia da Sesapi, a vítima começou a sentir sintomas como vômito, aumento da saliva e desmaio, no dia 6 de agosto. Mas ele só procurou o Hospital Regional Chagas Rodrigues, em Piripiri, na segunda-feira (12), e foi transferido para a capital no mesmo dia.
A Sesapi orientou também que secretaria municipal investigue com a família as circunstâncias em que o incidente aconteceu, além de orientar sobre a doença.
Raiva: o que é e o que fazer
A raiva é uma doença infecciosa viral aguda grave, que acomete mamíferos, inclusive o homem, e caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda com letalidade de aproximadamente 100%. É causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, da família Rabhdoviridae.
A doença é transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordedura, podendo ser transmitida também pela arranhadura e/ou lambedura desses animais.
O período de incubação é variável entre as espécies, desde dias até anos, com uma média de 45 dias no ser humano, podendo ser mais curto em crianças.
O período de incubação está relacionado à localização, extensão e profundidade da mordedura, arranhadura, lambedura ou tipo de contato com a saliva do animal infectado; da proximidade da porta de entrada com o cérebro e troncos nervosos; concentração de partículas virais inoculadas e cepa viral.
A vacinação de cães e gatos é a única forma de se evitar a doença. Em caso de incidentes com animais, a orientação é procurar atendimento médico.