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Relator ameaçou voz de prisão a delegado da PF: ‘Moleza pra ninguém’

Deputado Alfredo Gaspar pressionou Bruno Bergamaschi a discutir dados da Operação Sem Desconto contra crimes bilionários no INSS

   O delegado da Polícia Federal, Bruno Bergamaschi, foi ameaçado de receber voz de prisão, ao resistir em debater informações das investigações do roubo bilionário de aposentados e pensionistas. O alerta foi feito durante a reunião sigilosa da CPMI do INSS, nesta quinta-feira (29), pelo relator da comissão, deputado federal Alfredo Gaspar (União-AL). Mas o parlamentar foi convencido a não adotar a medida pelo presidente da CPMI, Carlos Viana (Podemos-MG).

Após 12 horas de trabalho da CPMI, Alfredo Gaspar resumiu para suas redes sociais que ‘não vai ter moleza para ninguém” e tudo terminou bem na reunião. O relator destacou que foram obtidas exatamente as informações que serão úteis à investigação.

Nas redes sociais, o Alfredo Gaspar ainda citou um habeas corpus que autorizou o delegado a discutir fatos já divulgados sobre a Operação Sem Desconto, por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, durante a reunião.

“Não vai ter moleza para ninguém! Foram mais de 12 horas de trabalho na CPMI do INSS. Avançamos nas investigações, ouvimos testemunhas importantes e conseguimos informações que vão fortalecer o relatório. É inadmissível que um roubo bilionário contra aposentados e pensionistas tenha acontecido sem que as instituições reagissem”, disse Alfredo Gaspar, ao divulgar vídeo para prestar contas do trabalho investigativo.

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Assista o resumo do vídeo de Alfredo Gaspar:

Frentes de investigação

Deflagrada em abril sob o comando do delegado Bruno Bergamaschi e outros integrantes da PF, a Operação Sem Desconto ainda não resultou em prisões de envolvidos no esquema criminoso que retirou R$ 6,3 bilhões de brasileiros vulneráveis, via descontos ilegais em aposentadorias e pensões.

No primeiro dia de depoimentos da CPMI, o delegado da PF depôs durante cerca de cinco horas, em oitiva fechada e com acesso restrito a parlamentares e alguns assessores. A primeira testemunha foi a coordenadora de Assuntos de Previdência Social na Defensoria Pública da União (DPU), Patrícia Betin Chaves.

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