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Dólar dispara e fecha em R$ 5,73, maior valor nos últimos 3 anos

No Brasil, o Copom optou por manter a taxa Selic em 10,50% ao ano, decisão aguardada pelo mercado.

   O pregão de hoje foi marcado pela atenção dos investidores às decisões de política monetária anunciadas pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) e pelo Federal Reserve (Fed), o banco central americano. Ambas as instituições optaram por manter suas taxas de juros inalteradas, gerando diversas reações no mercado financeiro global.

Nos Estados Unidos, o Fed manteve os juros na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano. Em uma coletiva de imprensa, o presidente do Fed, Jerome Powell, mencionou a possibilidade de discutir um corte na taxa na próxima reunião, dependendo dos próximos dados econômicos. No Brasil, o Copom optou por manter a taxa Selic em 10,50% ao ano, decisão aguardada pelo mercado.

Decisões do Copom e Impacto no Dólar

Hoje, os investidores observaram um dia de dólar forte mundialmente, impulsionado pela aversão ao risco e pela apreensão quanto à postura inerte do Fed e os dados do payroll dos EUA que serão divulgados amanhã. Filippe Santa Fé, head de multimercados do ASA, ressaltou que a postura menos rígida do Copom contribuiu para uma performance do real pior que a de seus pares.

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O dólar fechou em alta de 1,43%, cotado a R$ 5,7349. Na máxima do dia, alcançou R$ 5,7434. Com isso, acumulou:

  • Alta de 1,36% na semana
  • Ganho de 1,43% no mês
  • Alta de 18,18% no ano

No dia anterior, a moeda norte-americana teve alta de 0,66%, cotada a R$ 5,6541.

Ibovespa e o Cenário Atual do Mercado

O Ibovespa, principal índice da B3, operou em baixa, refletindo o ambiente de aversão ao risco. No mesmo horário, o índice caía 0,35%, aos 127.206 pontos. Na véspera, o índice fechou em alta de 1,20%, aos 127.652 pontos. Com isso, o Ibovespa acumulou:

  • Alta de 0,12% na semana
  • Ganhos de 3,02% no mês
  • Perdas de 4,87% no ano

O que Faz o Preço do Dólar Subir ou Cair?

A dinâmica dos preços do dólar é influenciada por diversos fatores, incluindo as decisões de política monetária do BC do Brasil e do Fed. Recentemente, o Copom manteve a Selic em 10,50% ao ano, reforçando um tom mais duro diante do cenário econômico desafiador. A economista Adriana Dupita, da Bloomberg Economics, afirmou que o comunicado do Copom foi mais rígido do que o esperado, embora não tenha sinalizado das altas de juros antecipadas pelo mercado.

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Passos, economista da WHG, destacou que o comunicado do Copom mostrou um direcionamento ainda cauteloso, aguardando novas informações até a próxima reunião em setembro. A combinação de fatores globais e locais cria um ambiente complexo para as decisões dos investidores.

O Impacto do Cenário Internacional

Enquanto isso, no exterior, a decisão do Fed, que já era esperada, manteve os juros inalterados pela oitava reunião consecutiva. Powell indicou que uma redução na taxa pode ser discutida em setembro se os dados econômicos se alinharem às expectativas. O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) destacou que a inflação continua elevada, mas há progresso em direção à meta de 2%.

Além de fatores econômicos, tensões geopolíticas também influenciam o comportamento do mercado. O recente agravamento do conflito no Oriente Médio, incluindo o assassinato do chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, fomentou a aversão ao risco. Essa situação contribuiu para o fortalecimento do dólar frente a outras moedas.

Mercados aguardam agora pelo relatório de emprego dos EUA, que pode fornecer novos insights sobre a economia americana e potencialmente influenciar futuras decisões de política monetária.

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