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Presidente do conselho do BNDES prevê dólar a R$ 4 em 2020

 O dólar deve se manter no patamar de R$ 4 no próximo ano, segundo expectativa do presidente do Conselho de Administração do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Carlos Thadeu de Freitas. Na avaliação do economista, o valor do dólar está bom para o comércio exterior.

“Hoje, o Brasil está bem. A inflação está baixa e a alta do dólar vai trazer pouca pressão inflacionária, só um pouco. Vai sair de 3,2% para 4%. Não é nada. O importante é que o dólar está em uma posição muito boa e o comércio vai poder exportar bastante. Para nós do comércio exterior é muito bom. Nunca vi o dólar subir em momento fácil. Hoje, nosso país está muito bem em termos de atividade em termos de inflação. Agora, o dólar está subindo um pouco. Acho que vai ficar em torno de R$ 4. Este ano deve chegar em R$ 4,20. No próximo ano, deve ser R$ 4, no mínimo. Virou um novo patamar”, disse em palestra no Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex) 2019, no Rio de Janeiro.

Para Carlos Thadeu, que também é chefe da Divisão Econômica da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a perspectiva é de que não haja nova queda na taxa de juros. Ele acredita que há possibilidade até de uma alta no ano que vem. “A expectativa é de o IPCA fechar o ano em torno de 4%, e para o ano que vem isso vai cair mais um pouco no último semestre. Até lá, não há alternativa [para baixar os juros], a não ser que o Banco Central possa vender mais dólar físico (reservas), mas isso só em casos excepcionais”, disse.

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Carlos Tadeu não vê necessidade de interferência do Banco Central vendendo dólar. “Vender dólar para quê? O país está bem. Essa área de R$ 4 ou R$ 4,20 é muito boa para o Brasil também. Deu muita sorte, porque como hoje tem baixas taxas inflacionárias, o dólar poderia cair um pouco mais. [O dólar] Não estar caindo é bom para o Brasil”, disse.

Estratégia

O presidente da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Antônio Mello Alvarenga, destacou que é preciso ter estratégia para o mercado externo, com mais investimentos em inovação e tecnologia, diante de consumidores cada vez mais exigentes. “Eles querem cada vez mais produtos sustentáveis. Precisamos atender essas demandas”, disse.

O presidente da SNA disse que é preciso mostrar ao mercado internacional que “o Brasil tem a agricultura mais sustentável do planeta. Muita gente não sabe o quanto o agronegócio no Brasil é sustentável”.

Alvarenga alertou para a possibilidade do fim da Lei Kandir, que poderia ocorrer com a reforma Tributária. Com a mudança, o setor exportador do agronegócio passaria a ter cobrança de tributos. Para ele, o efeito no setor seria devastador. “Todos os estudos mostram que a extinção da Lei Kandir pode ser devastador para o agronegócio. Precisamos ter cuidado na reforma Tributária”, alertou.

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O presidente da SNA defendeu a exploração sustentável da Amazônia. “É uma fronteira terrestre que tem que ser explorada. Lá na Amazônia tem pessoas que sobrevivem com salários miseráveis de R$ 69 por mês. Essa é uma questão que o Brasil tem que enfrentar. Tem que saber explorar a Amazônia”, defendeu, acrescentando que hoje existem projetos na região que agregam renda e mantém a floresta evitando a degradação. “Não estou falando em plantar soja, milho e algodão. Existem outras áreas no país para isso”.

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