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Não vamos nos pautar por fakes e projeções estratosféricas

 O secretário de Estado de Saúde Gilberto Figueiredo criticou as projeções apresentadas pelos Ministérios Públicos Estadual, Federal e do Trabalho ao pedirem a suspensão do decreto baixado pelo governador Mauro Mendes (DEM), no qual o Executivo aliviou as restrições impostas ao comércio.

No pedido, os membros dos Ministérios Públicos apresentaram estudos e justificativas técnicas que apontam para o risco de ocorrência de mais de oito mil mortes no Estado caso não sejam adotadas medidas estritas de isolamento e combate ao novo coronavírus.

“Não vamos nos pautar por diversos fakes e projeções que são divulgadas a todo momento”, disse o secretário, em transmissão nas redes sociais, no final da tarde desta quinta-feira (26).

“Tem muita informação, muito cientista que começou ontem a fazer estudo, muitas previsões estratosféricas como se iríamos ter aqui [em Mato Grosso] um número de óbitos maior que a própria Itália”, emendou o secretário.

 

Na transmissão, ele garantiu que o número de óbitos no Estado ficará muito distante deste cenário.

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Segundo ele, dados como os divulgados pelos Ministérios Públicos além de não ajudar nas ações que vêm sendo adotadas pelo Governo, ainda levam “pânico” à sociedade.

“O número de óbitos será muito inferior a isso. Mais ou menos metade da população será infectada, porque é da natureza do vírus. Mas vai ter casos leves e até por isso não precisamos paralisia total [das atividades]”, disse.

“Temos que adotar uma estratégia, focar nela e assumir o risco pela tomada de decisão. Não podemos colocar em prática 200 estratégias. Vamos apostar em uma e colocar ela em ação”, afirmou Figueiredo.

Sem dar detalhes, o secretário disse que a saúde em Mato Grosso trabalha com dados e projeções do Ministério da Saúde.

Os dados, segundo ele, de fato mostram uma situação preocupante, mas que pedem medidas de confinamento tomadas paulatinamente, sem qualquer necessidade – ao menos por ora – de paralisação de 100% do Estado.

“Estamos agindo conforme orientação do Ministério da Saúde. Se parar tudo agora e mandar todo mundo pra casa, quero ver como vai ser daqui um mês quando servidor não receber salário, quando trabalhadores da iniciativa privada não receberem salário. Será o caos estabelecido”, alertou.

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“Precisamos dosar as medidas no prazo e hora correta. Se for necessário quarentena total, faremos. Mas ainda não é necessário”, concluiu.
Projeção
A projeção utilizada pelos MPs é feita por uma ferramenta chamada Impacto Potencial da Covid-19 na Mortalidade Humana (PICHM, em inglês) para estimar o número de mortes esperadas por Covid-19, com base em taxas de infecção e letalidade de casos.
Na projeção do PICHM, caso Mato Grosso siga o ritmo de infecção e mortes da China – superada por países como a Itália e Espanha – Mato Grosso chegaria às 8 mil mortes.

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