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EUA atacam outra lancha de narcotraficantes no Caribe e matam três traficantes

Nos últimos meses, o Pentágono ampliou sua presença na região: foram deslocados seis navios de guerra para o Caribe, enviados caças F-35 para Porto Rico e deslocado o porta-aviões USS Gerald R. Ford à área, segundo fontes militares.

As forças armadas dos Estados Unidos realizaram um ataque contra um barco em águas internacionais do Caribe que resultou na morte de três narcotraficantes, informou o secretário do Departamento de Guerra, Pete Hegseth, em comunicado publicado na rede X.

“Como já temos dito, os ataques com embarcações contra narcoterroristas continuarão até que cesse o envenenamento do povo americano”, afirmou Hegseth.
Segundo ele, “por ordem do presidente Trump, o Departamento de Guerra levou a cabo um ataque cinético letal contra um buque operado por uma organização terrorista designada. O buque traficava estupefacientes no Caribe e foi atacado em águas internacionais”.

Hegseth acrescentou que “nenhum membro das forças americanas resultou ferido no ataque, e três narcoterroristas que se encontravam a bordo morreram”. Em tom de ameaça, o secretário concluiu: “A todos os narcoterroristas que ameaçam nossa pátria: se querem seguir vivos, deixem de traficar drogas. Se continuarem traficando drogas letais, os mataremos”.

O episódio eleva para pelo menos 70 o número de mortos desde o início da campanha antidrogas lançada por Washington em setembro, segundo levantamento de agências internacionais. As operações, concentradas principalmente no Caribe e no Pacífico oriental, fazem parte da ofensiva do governo Trump contra o narcotráfico. Em ações semelhantes até agora os Estados Unidos teriam destruído ao menos 18 embarcações — 17 lanchas e um semissubmersível — e, em diversos casos, divulgaram imagens aéreas dos ataques, com trechos dos vídeos posteriormente censurados por motivos não especificados.

Nos últimos meses, o Pentágono ampliou sua presença na região: foram deslocados seis navios de guerra para o Caribe, enviados caças F-35 para Porto Rico e deslocado o porta-aviões USS Gerald R. Ford à área, segundo fontes militares.

A ofensiva americana agravou as tensões com o governo venezuelano. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, acusou repetidamente Trump de usar a luta antidrogas como pretexto para uma tentativa de derrubá‑lo. Em resposta às operações navais dos EUA, bombardeiros norte-americanos realizaram demonstrações de força sobre o mar do Caribe, em frente às costas venezuelanas, em pelo menos quatro ocasiões desde meados de outubro.

Maduro, que é alvo de acusações de narcotráfico pelas autoridades dos Estados Unidos, negou a existência de produção de drogas em seu país e afirmou que Venezuela é “vítima do tráfico de cocaína colombiano” e que seu território tem sido usado como rota sem seu consentimento.

A escalada também alimentou declarações do próprio presidente Trump sobre a possibilidade — ainda remota, segundo ele — de um confronto com Caracas. Em entrevista à CBS, questionado sobre a chance de guerra contra o regime venezuelano, Trump disse: “Duvido, não creio”. Sobre uma intervenção militar, o presidente evitou ser conclusivo: “Não vou dizer se vou atacar ou não… não vou dizer o que vou fazer com a Venezuela, se é que vou fazer algo”.

Em discurso, Trump reiterou críticas ao governo chavista e fez afirmações contundentes sobre o custo humano do narcotráfico: “Cada um desses barcos que veem derrubados — e eu concordo que é algo terrível — mata 25.000 americanos. Cada barco derrubado mata 25.000 pessoas por causa do narcotráfico e destrói famílias no país”.

(Com informações da AFP)

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