Ciro vs Lula: cresce atrito na esquerda
O pré-candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, explicou o motivo de ter optado por viajar a Paris, na França, enquanto o 2º turno das eleições de 2018 era disputado entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad.
Em entrevista recente ao humorista Rafinha Bastos, Ciro disse não ser obrigado a “votar em bandido“:
“Não vem com barulho. Não vale ‘foi pra Paris’, não. Eu fui para Paris e vou cem vezes todas as vezes que me obrigarem a votar em bandido. Eu não sou obrigado, eu sou um cidadão que escolho o meu candidato pela melhor proposta que ele representa.”
O comentário de Ciro gerou forte repúdio de lideranças do Partido dos Trabalhadores (PT).
Em conversa com o jornal Folha, o ex-coordenador do setorial jurídico do PT, Marco Aurélio de Carvalho, afirmou que Ciro se comporta como um coronel da velha política ao proferir ataques ao ex-presidente Lula da Silva e a seus aliados:
“Admiráveis, entretanto, as posturas do presidente Lula e do próprio Haddad. Mesmo diante de agressões tão baixas e injustas, permanecem dialogando com afeto e estão de braços abertos conectados com o sentimento do povo e com o compromisso de construir uma frente verdadeiramente ampla para lutar pela democracia.”
O jurista disse ainda que CIro é um dos grandes aliados do bolsonarismo no Brasil:
“Ele escolheu um campo para se alinhar, e infelizmente não é o campo progressista e muito menos o campo democrático.”
Fonte: Renova Mídia