Deputado denuncia conspiração no PSL para derrubar Bolsonaro
O deputado federal Nereu Crispim (PSL-RS) denunciou, em conversa com o jornalista Oswaldo Eustáquio, que havia uma conspiração dentro do PSL, antigo partido do presidente Jair Bolsonaro, para monopolizar o dinheiro do fundo partidário, que segundo ele, gira em torno de R$ 200 milhões. Para Crispim, a única maneira de ter acesso ilimitado ao dinheiro seria com a queda de Bolsonaro da presidência.
No áudio, divulgado pelo próprio jornalista, Crispim afirma que o inquérito das fake news, do qual foi autor, foi a ferramenta usada pelo grupo fiel ao presidente do PSL, Luciano Bivar, para tentar derrubar Bolsonaro. De acordo com o deputado, foram Joice Hasselmann e Luciano Bivar os responsáveis por pedir a ele que fizesse a denúncia sobre as fake news ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O inquérito, acolhido pelo STF, denunciou e prendeu diversos aliados de Bolsonaro, acusados de propagar fake news, entre eles o próprio Oswaldo e a ativista Sara Winter. Outras dezenas de aliados se tornaram alvos do processo.
– Essas prisões foram estimuladas pelo [Luciano] Bivar, para tentar acomodar um número de deputados que estavam a favor do presidente da República, com o único intuito de manter o monopólio [financeiro] do PSL – disse.
Crispim ainda revelou o motivo de Bolsonaro não ter continuado no partido.
– A ideia dele [Bivar] era sempre isolar o presidente. […] A expulsão do PSL foi porque o presidente quis entrar dentro do partido e ver o que acontecia, e eles não deixaram. […] Quem tem razão é o presidente Bolsonaro. Ele tinha razão, que o PSL é um laranjal – declarou.