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Direita alemã comemora ‘vitória histórica’ nas eleições regionais

Isso, na prática, impediria que a AfD chegasse ao poder, apesar de ser o partido com o maior número de representantes eleitos.

    A Alternativa para a Alemanha (AfD) conquistou uma vitória histórica ao tornar-se o 1º partido de direita a ganhar uma eleição estadual na Alemanha desde 1945. O resultado representa um golpe significativo para o Governo de Olaf Scholz, a apenas 1 ano das próximas eleições federais.

Com o término da votação no domingo (1º), a AfD foi projetada para se tornar a força política mais forte no estado da Turíngia, com 32,8% dos votos, e para ocupar o segundo lugar na Saxônia, com 30,6% dos votos.

Outro desenvolvimento preocupante para o cenário político alemão foi a ascensão da recém-criada Sahra Wagenknecht Alliance (BSW), um partido de extrema esquerda que questiona o apoio da Alemanha à Ucrânia e compartilha alguns aspectos da postura anti-imigração da AfD.

A Sahra Wagenknecht Alliance ficou em terceiro lugar em ambos os estados, apesar de ter sido fundada recentemente.

Embora o extremismo tenha uma longa tradição no leste da Alemanha, esses resultados são um alerta para a coalizão SPD de centro-esquerda liderada por Scholz, que caiu para um distante 5º lugar em ambos os estados.

Se as eleições federais fossem realizadas agora, as pesquisas recentes indicam que a AfD poderia se tornar o 2º maior partido no Bundestag, enquanto o SPD ficaria em terceiro lugar.

Scholz classificou os resultados como “amargos” e, invocando o princípio europeu do “cordão sanitário”, pediu aos principais partidos da Turíngia e da Saxônia que excluam a AfD de quaisquer coligações de governo estadual.

Isso, na prática, impediria que a AfD chegasse ao poder, apesar de ser o partido com o maior número de representantes eleitos.

Scholz afirmou que todos os partidos democráticos devem formar governos estáveis sem a presença de “extremistas de direita”, destacando que a AfD está prejudicando a Alemanha, enfraquecendo a economia, dividindo a sociedade e arruinando a reputação do país.

Alice Weidel, co-líder da AfD, descreveu os resultados como um “réquiem” para a coligação de Scholz e questionou a viabilidade do governo atual.

Durante um comício em Erfurt, na Turíngia, onde ecoavam gritos de “deportação, deportação”, Weidel afirmou que a Alemanha se tornou “um país sem fronteiras, onde qualquer um pode entrar e nada é feito a respeito”.

A proposta da AfD é a “expulsão imediata de todos os imigrantes ilegais” e a expulsão de “criminosos e extremistas”.

Caso outros partidos sigam o apelo de Scholz para evitar a AfD, a União Democrata Cristã (CDU), que deve ficar em primeiro lugar na Saxônia e em segundo na Turíngia, poderia se beneficiar.

No entanto, a mudança para a direita na política alemã é evidente, com a CDU adotando uma postura mais rigorosa em relação à imigração em comparação com o período sob a liderança de Angela Merkel.

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