Dilmar diz desejar Senado, mas não querer disputa contra Júlio
O deputado estadual Dilmar Dal'Bosco (DEM) afirmou que, apesar de ter vontade de concorrer ao Senado na eleição suplementar marcada para abril, não pretende entrar em uma disputa interna com o ex-governador Júlio Campos (DEM), que também pleiteia a vaga.
No final do último mês, o DEM abriu um prazo de inscrição para os democratas que tenham a intenção de concorrer à vaga, aberta em razão da cassação da senadora Selma Arruda (Podemos).
O prazo termina nesta sexta-feira (14) e, até o momento, apenas Júlio oficializou a pré-candidatura.
“Vontade de disputar eu tenho, porque sou de uma região grande, que tem 700 mil eleitores e nunca tivemos nenhum senador. Essa seria uma possibilidade. Mas o que me impede hoje, talvez, seja essa disputa no partido”, disse.
“No DEM, nenhuma vez tivemos disputa, nem para assumir a presidência do partido, nem para composição do diretório estadual. Nunca houve disputa para cargo A ou B. Jamais vou competir dentro do meu partido com uma pessoa que admiro muito e tenho orgulho de sempre estar ao lado”, acrescentou.
Dilmar disse, também, que não teria qualquer restrição em apoiar uma candidatura do colega.
Ele descartou a possibilidade de a sigla realizar uma pesquisa para definição de um candidato.
Por fim, o deputado afirmou que, caso Julio Campos não recue da intenção em disputar o cargo, “com toda certeza” ele será a opção do DEM.
Convenção
Mesmo depois de oficializados os interessados em concorrer ao cargo, o DEM deve definir se, de fato, lançará um nome à disputa somente no dia 11 de março, data já marcada para a convenção da sigla.
Conforme prazos da Justiça Eleitoral, os partidos têm entre 10 e 12 de março para realizar as convenções. Dia 17 de março é o prazo final para o registro de candidaturas.
A vaga
A disputa ao Senado ocorrerá em razão da cassação do mandato da senadora Selma Arruda (Podemos), pelos crime de caixa 2 e abuso do poder econômico na eleição de 2018.
Em abril do ano passado, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) cassou seu mandato, por unanimidade. Logo em seguida, ela ingressou com recurso na corte superior.
No dia 10 de dezembro, por seis a um, os ministros cassaram a senadora, bem como seus suplentes, o empresário Gilberto Possamai e Clerie Fabiana Mendes.
Conforme a decisão, eles se tornaram inelegíveis por oito anos.
Cabe recurso contra a decisão. No entanto, conforme a Legislação, ela deverá aguardar o julgamento de um eventual recurso fora do cargo.