Um dos criminosos mais procurados do Brasil e líder da ‘tropa de elite’ do PCC morre em confronto com a PM em SP
O criminoso havia sido preso preventivamente por participação em um roubo em Ubatuba (SP), em 2019, mas foi solto em 2024 e respondia ao processo em liberdade.

André Ferreira Borges, conhecido como Pane, um dos criminosos mais procurados do Brasil e membro da “tropa de elite” do Primeiro Comando da Capital (PCC), foi morto na noite de terça-feira (11) em Campinas (SP), durante um confronto com a Polícia Militar. O suspeito, de 45 anos, estava sendo investigado por envolvimento em roubos milionários a bancos na modalidade “novo cangaço”, incluindo o assalto a uma agência em Uberaba (MG), onde foram subtraídos cerca de R$ 40 milhões.
De acordo com as investigações, Pane fazia parte da unidade de elite do PCC, chamada “restrita tática”, especializada em ações violentas e de alto risco, como ataques a instituições financeiras com grande poder de fogo e planejamento estratégico. Ele também estava sendo investigado por movimentar mais de meio milhão de reais em criptomoedas nos Estados Unidos, além de ser apontado como um dos responsáveis por assaltos em diversos estados, incluindo um ataque a uma agência bancária em Passos (MG) em 2018 e o massacre de Araçatuba (SP), em 2021, que ficou marcado pela violência extrema.
O criminoso havia sido preso preventivamente por participação em um roubo em Ubatuba (SP), em 2019, mas foi solto em 2024 e respondia ao processo em liberdade. A Polícia Militar recebeu uma denúncia de que Pane estava transportando armas para um novo roubo a banco e, ao abordá-lo em uma rodovia de Campinas, ele reagiu, iniciando um tiroteio que resultou em sua morte.
Investigações indicam que Pane vivia uma vida de luxo nos Estados Unidos, onde investia em criptomoedas e usava carros blindados para proteção. No Brasil, ele continuava suas atividades criminosas, especialmente com a intenção de realizar grandes roubos a bancos e resgatar membros do PCC, como o líder Marcola, com quem tinha ligação desde 2023. A morte de Pane é um golpe para a facção, que perde um de seus principais estrategistas no Brasil.