A imprensa está perto do fim
O Estadão, em editorial, festejou o fim da Lava Jato:
“A Operação Lava Jato, ou ao menos a força-tarefa de Curitiba, a mais conhecida, está perto do fim. É bom que assim seja porque o que deve ser perene é o império da Constituição, das leis e do devido processo legal, não algumas operações específicas. Respeitadas as leis e garantido o devido processo pelo Poder Judiciário, não há mais razões para crer que o combate à corrupção sofrerá algum revés apenas porque a notória operação chegou ao fim. Esta, aliás, foi uma das muitas falácias usadas como pretexto para justificar alguns abusos cometidos no curso da Lava Jato.”
O jornal é contrário à iniciativa de se criar um órgão permanente de combate à corrupção, sob o comando de Deltan Dallagnol:
“A solução, de acordo com um grupo de procuradores ligados a Dallagnol, seria a criação de um grupo permanente de combate à corrupção, nos moldes dos Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) dos MPs estaduais. Deltan Dallagnol teria de solicitar ao Conselho Superior do Ministério Público sua promoção a procurador regional, de modo que possa coordenar esse Gaeco do MPF e, então, implementar a ‘doutrina’ de combate à corrupção criada pela Lava Jato no novo órgão, de natureza permanente.
Ambas as iniciativas, tanto a criação de um ‘Gaeco’ federal como a perpetuação da tal ‘doutrina lavajatista’, são uma temeridade. A doutrina do MPF é e sempre deve ser exclusivamente a lei. A bíblia que vale para nortear sua atuação é a Constituição. Toda ação que dela se desviar é abuso, é ilegalidade.”
Lembrando: a Lava Jato não é ou foi uma operação clandestina.