Reforma administrativa incluindo atuais servidores morre nas mãos de Rodrigo Maia
A iniciativa da Frente Parlamentar Mista da Reforma Administrativa, em defesa da inclusão dos atuais servidores públicos e dos “membros de poderes”, como magistrados e parlamentares, na reforma administrativa, começou a “fazer água” tão logo foi entregue ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Ele próprio advertiu para a necessidade de observar os supostos “direitos adquiridos”. Como se regalias, privilégios e penduricalhos fossem considerados “direitos”.
Apesar do que proclama em palestras a banqueiros e empresários, Maia disse que concorda com o texto original do governo, que não atinge os atuais, tratando apenas dos futuros servidores.
Maia alega que “alterar um direito adquirido” e mexer nas carreiras de funcionários que estão na ativa “pode atrasar e judicializar” a reforma.
“Acho que o mais importante é um consenso que existe entre todos nós de que nós devemos tratar de todos os poderes daqui para frente”, disse Rodrigo Maia, em defesa da manutenção das regalias, privilégios e penduricalhos que ofendem os brasileiro.
“E o que for para trás podemos tratar por lei, de outras formas para que a gente já possa ter resultados”, diz ele, sem muita convicção e sem apresentar proposta objetiva.
“Mas que isso não entre no direito adquirido dos servidores”, advertiu o presidente da Câmara, “porque vai travar a reforma e nós vamos acabar ficando sem nada, nem o futuro e nem resolvendo o passado”.