Ministro da Agricultura da gestão Lula defende importação de arroz
Carlos Fávaro afirmou que "não há erro" na medida

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, defendeu a importação e venda direta de arroz pelo governo, após as enchentes no Rio Grande do Sul. A medida vem sendo criticada por entidades representativas da agropecuária, que acusam o Executivo de intervir no mercado.
– Em hipótese alguma o governo quer afrontar os produtores. Agora, o que nós precisamos muito é combater a especulação. Não tem erro na medida, [ela] é extremamente correta e necessária – disse Fávaro, em uma entrevista à CNN Brasil divulgada na noite deste sábado (1°).
Ele concordou com argumentos das entidades representativas, que dizem que o Brasil é autossuficiente em arroz. Mas argumentou que 70% produção está concentrada no Rio Grande do Sul, onde a tragédia dificultou o escoamento de bens e encareceu os fretes. Fávaro também rebateu a crítica de que a medida poderia servir como propaganda para o Executivo.
– O preço justo do arroz não é propaganda, é um combate à especulação – afirmou.
O governo decidiu importar até um milhão de toneladas de arroz e vendê-lo diretamente em supermercados e redes de atacado de alimentos do país. O produto será vendido diretamente em um pacote padronizado de dois quilos, com preço máximo de R$ 8 e um rótulo que diz “arroz importado pelo governo federal”, com o logotipo da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).