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Chiquinho Brazão ficou preso 383 dias, enquanto a cabelereira Débora dos Santos 742 dias

Chiquinho Brazão afirma, representado por seu advogado, ter amargado 383 dias atrás das grades por acusações brutais relacionadas ao terrível assassinato de Marielle Franco onde o mesmo foi o mandandante.

   Nas entranhas do Supremo Tribunal Federal, a magnitude desse desequilíbrio se revela sem filtros. Os ministros, investidos da alta missão de guardiães da justiça, perderam-se em desvios que corrompem a própria natureza de sua funcionalidade. Em uma dança obscura entre o correto e o interesseiro, as decisões se mancham e distanciam-se da balança imparcial que orienta a Justiça. A vigilância do povo não escapa a esses desvios. Pausa para um olhar enojado diante dos números escandalosos trazidos à tona: Chiquinho Brazão afirma, representado por seu advogado, ter amargado 383 dias atrás das grades por acusações brutais relacionadas ao terrível assassinato de Marielle Franco onde o mesmo foi o mandandante. Ao mesmo tempo, Débora Rodrigues do Santos, simples cabelereira que ousou manifestar-se escrevendo com baton na estátua dos Três Poderes a frase “Perdeu Mané” somou longínquos 742 dias de confinamento pela insolência de sua mensagem considerada pelo Supremo como ácida.

Essa é apenas parte de um emaranhado obscuro de tramas e reviravoltas nesse cenário infernal. As promessas constitucionais esgarçam-se perante a voracidade dos interesses pessoais que permeiam os corredores do STF. Que dois pesos tão díspares possam coexistir no mesmo espectro da Justiça brasileira é sintoma de uma crise mais profunda e perturbadora. O véu da cegueira se lança sobre os destinos traçados pelas mãos das autoridades responsáveis pela máxima aplicação da lei. O reflexo dessa disformidade paira ao largo do horizonte das garantias individuais e coletivas; no eco das palavras truncadas pela opressão estatal; na sombra dos muros erguidos entre a população e seu direito inalienável à segurança e à equanimidade.

É chegado o momento impreterível de observar além das cortinas fumacentas da retórica política viciada. A vérité espera sob os escombros do moralismo fracassado; aguardando pacientemente por mentes ávidas por sanar as feridas abertas no tecido social pelas injustiças corriqueiras exaladas pelos salões palacianos. Que esse anseio por justiça floresça como luz tenaz sobre as sombras insidiosas que emergem dos vãos erodidos da democracia nacional.

Por Valmir Silva

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