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As serpentes mais perigosas do país: conheça e evite acidentes!

Por último, as corais-verdadeiras (gênero Micrurus) são conhecidas pela potente toxicidade de seu veneno, mas sua natureza tímida reduz a frequência de acidentes fatais.

     As serpentes são répteis pertencentes a um grupo diversificado, com mais de 4.000 espécies distribuídas em todo o mundo. Esses animais sem membros e de corpo alongado apresentam uma variedade de adaptações e comportamentos que intrigam cientistas e leigos. Cerca de um quarto das espécies de serpentes são peçonhentas, possuindo estruturas especializadas para injetar veneno em suas presas. Essa distinção entre animais venenosos e peçonhentos é crucial; enquanto os venenosos causam danos ao serem ingeridos, os peçonhentos o fazem ao injetar toxinas.

No Brasil, a diversidade de serpentes é impressionante, incluindo tanto espécies peçonhentas quanto inofensivas. Entre as mais perigosas, destacam-se as cobras corais, jararacas, surucucus e cascavéis, cada qual com características peculiares. Compreender essas diferenças é vital para identificar riscos e aplicar medidas de segurança.

Identificando Serpentes Peçonhentas: O Que Observar?

Diferenciar serpentes peçonhentas de inofensivas pode salvar vidas. Um método comum é observar as fossetas loreais, que são órgãos sensoriais presentes em algumas espécies. Essas fossetas, localizadas entre os olhos e as narinas, detectam variações de temperatura e estão ausentes em muitas serpentes não peçonhentas. No entanto, nem todas as peçonhentas possuem essa característica, o que exige cautela extra.

A dentição também oferece pistas valiosas sobre a perigo dessas criaturas. Há vários tipos de dentição entre as serpentes: áglifa, opistóglifa, proteróglifa e solenóglifa, cada qual associada a diferentes maneiras de injetar veneno. Por exemplo, jararacas têm presas solenógrafas, indicativas de um sistema eficiente de inoculação de veneno.

Créditos: depositphotos.com / Junot
Bothrops – Créditos: depositphotos.com / Junot
Quais São as Principais Serpentes Peçonhentas do Brasil?

No Brasil, algumas espécies de serpentes peçonhentas são particularmente notórias. As jararacas (gênero Bothrops) são amplamente distribuídas e responsáveis por um grande número de acidentes ofídicos, devido ao seu veneno altamente tóxico. As surucucus, conhecidas também como pico-de-jaca, habitam florestas tropicais e possuem um veneno que causa sérios efeitos neuromusculares e hemorrágicos.

As cascavéis (gênero Crotalus) são identificáveis pelo famoso chocalho na cauda e seus hábitos em regiões secas, como Cerrado e Caatinga. Embora seu veneno seja considerado menos potente em comparação às jararacas, ainda apresenta riscos consideráveis. Por último, as corais-verdadeiras (gênero Micrurus) são conhecidas pela potente toxicidade de seu veneno, mas sua natureza tímida reduz a frequência de acidentes fatais.

Como Funciona o Tratamento com Soro Antiofídico?

O tratamento de picadas de serpentes peçonhentas frequentemente envolve o uso de soro antiofídico, que é produzido a partir do veneno das próprias serpentes injetado em animais de grande porte. Esses animais desenvolvem anticorpos que, uma vez purificados, compõem o soro para tratar as picadas. Existem diferentes soros adaptados aos venenos das diversas espécies, como o soro antibotrópico para jararacas e cascavéis, e o antielapídico para corais-verdadeiras.

O Instituto Butantan é uma referência nacional na produção desses soros, realizando tanto o fornecimento quanto a pesquisa contínua para melhorar tratamentos. Em casos de picada, buscar auxílio médico imediato e fornecer informações precisas sobre o animal pode ajudar significativamente no tratamento.

Medidas de Segurança e Primeiros Socorros em Caso de Picada

Foto: Reprodução

Ao sofrer uma picada de serpente, a reação imediata deve ser manter-se calmo e procurar assistência médica. Detalhar a aparência da serpente e, se possível, tirar uma foto pode facilitar o diagnóstico e o tratamento adequado. Não é recomendável tentar capturar o réptil, pois isso aumenta o risco de mais acidentes.

Receber o soro correto aumenta as chances de recuperação e minimiza complicações. Instituições como o Instituto Butantan continuam a desempenhar um papel essencial na educação e na saúde pública, provendo recursos e informações sobre como lidar com esses encontros potencialmente perigosos.

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