Operação Rolo Compressor: CGU e PF Investigam Superfaturamento na BR-163 e BR-487
Os contratos suspeitos somam um montante atualizado de R$ 693,8 milhões.
Nesta terça-feira (5), a Controladoria-Geral da União (CGU), em parceria com a Polícia Federal e a Receita Federal, deflagrou a segunda fase da Operação Rolo Compressor, visando apurar possíveis casos de corrupção e desvio de recursos públicos nas obras das rodovias BR-163 e BR-487, localizadas no Paraná.
Com a execução de 54 mandados de busca e apreensão, a operação abrange diversos estados, incluindo São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Santa Catarina e Rondônia, além do Distrito Federal.
Suspeitas de Superfaturamento e Irregularidades Técnicas
As investigações indicam que recursos administrados pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) podem ter sido aplicados de forma irregular nas obras de adequação da BR-163, entre Toledo e Marechal Cândido Rondon, e de restauração e pavimentação da BR-487, no trecho entre Porto Camargo e Serra dos Dourados. Ambas as rodovias são estratégicas para o escoamento da produção agrícola do Paraná, o que reforça a relevância do caso.
Os contratos suspeitos somam um montante atualizado de R$ 693,8 milhões. Auditorias realizadas pela CGU identificaram indícios de superfaturamento e sobrepreço, totalizando R$ 75,8 milhões em valores adicionais aos inicialmente previstos, além da realização de obras em desacordo com normas e especificações técnicas.