Israel Mata Mais um líder sênior do Hezbollah Após Eliminar Hassan Nasrallah
Segundo a imprensa libanesa, parte dos mísseis disparados naquele dia caiu na área sem explodir.
O grupo terrorista libanês Hezbollah anunciou neste domingo (29) que seu histórico comandante Ali Karaki morreu na última sexta-feira no mesmo bombardeio israelense que tirou a vida do principal líder da organização, Hassan Nasrallah, nos subúrbios ao sul de Beirute, conhecidos como Dahye.
“Resistência Islâmica anuncia ao povo da resistência e aos mártires o grande líder jihadista Hajj Ali Karaki, também conhecido como Abu al Fadl, que foi martirizado junto a um grupo de seus irmãos combatentes na incursão criminosa sionista em Haret Hreik”, informou o grupo terrorista em comunicado.
De acordo com a nota, Karaki comandava as operações do grupo no sul do Líbano desde 1982, desempenhando um papel “histórico” durante o fim da invasão israelense naquela região em 2000, além de ter participado ativamente da guerra travada entre as partes no verão de 2006.
Além disso, Karaki foi “responsável direto e de campo pela liderança da Frente Sul, com todos seus eixos e unidades” durante os confrontos na fronteira que começaram em 8 de outubro, um dia após o início da guerra em Gaza.
Karaki já havia sobrevivido a outro ataque aéreo contra Dahye poucos dias antes, quando o Hezbollah negou informações vindas de Israel sobre sua morte e afirmou que ele havia se “movido para um local seguro” após o bombardeio fracassado.
Segundo a imprensa libanesa, parte dos mísseis disparados naquele dia caiu na área sem explodir. Fontes de segurança citadas pela mídia israelense descreveram Karaki como o responsável pela atividade militar do grupo no sul do Líbano, além de ser um membro do Conselho da Jihad, órgão do movimento que cuida dos planos de segurança.
Nos últimos dez dias, Israel realizou diversos bombardeios contra alvos suspeitos do Hezbollah nos arredores do sul de Beirute. O ataque mais grave ocorreu na sexta-feira passada, resultando na morte de Karaki, Nasrallah e, acredita-se, outros altos comandantes que ainda não foram anunciados pela organização.
O Hezbollah também foi alvo de um ataque sofisticado contra seus sistemas de comunicação, como pagers e walkie-talkies, pelo qual Israel foi amplamente responsabilizado. A onda de bombardeios israelenses em várias regiões do Líbano já causou a morte de pelo menos 1.030 pessoas, incluindo 156 mulheres e 87 crianças, em menos de duas semanas, segundo o Ministério da Saúde do Líbano.
Devido aos recentes ataques, centenas de milhares de pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas. O governo estima que cerca de 250 mil estão em abrigos, enquanto outras centenas de milhares estão hospedadas em casas de amigos ou familiares ou acampando nas ruas, conforme informou o ministro do Meio Ambiente do Líbano, Nasser Yassin, à Associated Press.
O Hezbollah continua lançando foguetes e mísseis contra o norte de Israel, mas a maioria deles tem sido interceptada ou caiu em áreas abertas. Nenhum israelense morreu desde o início da última onda de ataques contra os principais líderes do grupo terrorista, que começou em 20 de setembro.
Com informações da mídia israelense e AFP